terça-feira, 22 de janeiro de 2013


Ler e entender (por George Wagner – janeiro de 2013)

Há alguns dias, o articulista J.R. Guzzo lembrou que “só um quarto dos brasileiros adultos é capaz de entender realmente o que lê, de escrever o que realmente quer dizer e de continuar aprendendo com a utilização dessas habilidades”[1].
A notícia é bastante incômoda e remete ao perfil do que se chama de “analfabeto funcional”: sabe ler, mas não compreende o que lê.
O enfoque foi dado a pessoas com idade entre 15 e 64 anos. A maioria não tem hábito de leitura, nem tampouco interesse em evoluir, mesmo com a atual facilidade de acesso ao sistema educacional – inclusive para adultos. É mais confortável assistir televisão, por exemplo.
Inúmeros são os benefícios de uma boa instrução para o engrandecimento da pessoa e da sociedade em que vive. Discernimento, decisões fundamentadas e boa comunicação são alguns deles: discernimento para fazer boas escolhas; decisões com base no que se aprendeu da correta interpretação de um tema; boa comunicação para harmonizar diálogos e evitar maledicências e mal entendidos.
Seria utopia chegar aos 100% de aproveitamento do que se lê, mas a redução do quadro atual de “analfabetos funcionais” é possível, se a iniciativa partir da minoria (1/4) em direção às crianças e adolescentes de hoje.
Uma das melhores formas de aprendizado é o exemplo: filhos repetem o que os pais fazem. Se os pais – ou tios e padrinhos – tiverem hábito de leitura, as crianças se acostumarão com isso e poderão copiá-los.
Outro modo, ainda mais abrangente, é o incentivo: é dar o caminho, oferecer a oportunidade. Por exemplo, pode-se presentear os pequenos com livros e revistas, cuidando para que usufruam do mimo. Crê-se que a parte mais difícil é abrir o primeiro livro. Depois disso, o interesse torna-se espontâneo. Diz-se que essa forma é mais englobante porque o agraciado não será, necessariamente, um familiar: a boa ação atingirá a quem o doador quiser.
Por isso, tal como a parábola da estrela-do-mar, um pequeno ato unilateral tem o poder de engrandecer a sociedade, se cada um fizer a sua parte e incentivar os bons valores.
Comece agora: doe um livro!




3 comentários:

  1. Meu caro Robertinho, boa tarde! Publicar o artigo também é uma boa forma de incentivar a leitura! Obrigado. Muito bom o teu blog. Força na peruca aí.
    Grande abraço do George.

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  2. Caro George, a sua preocupação veemente nesse artigo é algo que vem efetivamente se degradando cada vez mais na nossa sociedade, talvez por falta de bons incentivos a leitura tenha sido deixada para último plano, o qual vem sendo uma grande catástrofe para este País.
    Sou contra conselho de classe, sou contra as cotas para negros e muitas outras modalidades que fazem o cidadão concluir sem nada saber. Portanto meu amigo, você é quem está de parabéns por pensar dessa forma e criticar com construtividade.
    Eu aqui neste pequeno espaço tento fazer como o garoto da parábola da estrela-do-mar, embora seja uma missão muito espinhosa.
    Um abraço de Robertinho.

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    1. Muito obrigado, Robertinho! Como diz o manezinho da ilha (Fpolis), "dásumbanho, seu ixtepô" - p.s.: isso é um elogio hein? hehe.
      Forte abraço. Siga firme.

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